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10.1.24

Plantas boas/ venenosas

Plantas boas e venenosas num camping

Antes de acampar em uma nova área, tome algumas precauções; leia ou pergunte sobre as plantas venenosas locais, para saber quais você deve evitar e o cuidado a tomar.
Qualquer bom campista deve ser capaz de reconhecer uma taioba venenosa e uma verdadeira. 
Se você precisar testar uma planta para determinar se ela é ou não comestível, siga estes passos. 
Elas podem salvar sua vida!
Camping Natural
Ao caminhar ou explorar uma floresta, há muitas plantas que podem atrair sua atenção e parecerem comestíveis. Em casos extremos, pode até ser essencial para sua sobrevivência comer plantas encontradas na natureza. Evite plantas com seivas e substâncias pegajosas, pois  podem indicar uma secreção venenosa, sendo melhor evitá-las. 
Não arrisque, há vários indicadores de plantas boas e venenosas
E tenha-os em mente ao tentar identificar as plantas realmente boas para o consumo.

Alguns exemplos a serem evitados e os cuidados:

1 - Espinhos Folhas brilhantes, reluzentes, bagas brancas ou amarelas, com seiva ou óleos leitosos ou amarelados, não coma, desista!
2 - Cogumelos (alguns são comestíveis, mas a maioria não são, então se não conhece bem, não se aventure, mesmo morrendo de fome!). 
3 - Ao provar uma planta ou fruto, preste bem atenção a qualquer gosto azedo, formigamento, dormência ou ardência que você possa sentir. Se algum destes ocorrer, cuspa o pedaço imediatamente. Se não houver efeitos adversos após cinco ou dez minutos, então coma.
4 - Após decidir engolir uma planta, não continue a comer mais; de uma pausa. Espere pelo menos meia hora antes de tentar comer mais. Seu organismo pode precisar de tempo para processar antes que você possa ter certeza de que a planta não é venenosa.
5 - Observe o comportamento dos animais selvagens, “o que eles comem, pode comer sem receio”. Procure frutos grandes que estejam bicados por pássaros ou mordidos por animais.
6 - Na dúvida sobre um fruto desconhecido numa situação extrema, quando a decisão de comê-lo ou não é uma questão de sobrevivência. Na primeira hipótese, talvez o melhor conselho seja não arriscar. 
7 - Algumas raízes, podem ser ingeridas sem problema quando cozidas, mas são venenosas quando cruas. O inhame bravo, por exemplo, é venenoso cru, mas cozido não.
8 - Certas frutas que são deliciosas quando maduras se transformam em um prato indigesto se colhidas antes do tempo. O fruto da mangaba, por exemplo, quando verde é venenoso e impróprio para o consumo, causando intoxicações que podem levar à morte!. 
9 - Seguir pegadas de pequenos animais é uma boa tática. Ela podem levar até árvores e plantas frutíferas. Ao chegar perto delas e olhar para o alto, provavelmente você irá encontrar frutos mordidos por eles.
10 - Se o fruto em for cabeludo, amargo ou leitoso, nem pense em comê-lo. Porém, a existência de apenas uma ou duas dessas características não impede o consumo — o kiwi, por exemplo, tem a casca “cabeluda” e o mamão pode soltar uma espécie de leite.

As Frutas 

As frutas tropicais são produzidas por plantas de todos os tipos de habitat. 
A única característica comum que elas compartilham entre si é a sua intolerância às geadas.
No entanto, algumas se desenvolvem bem em ambientes secos (como o cerrado e a caatinga) e outras só crescem em matas ciliares ou de galeria, ou ainda em áreas inundadas.

Há aquelas que vivem apenas em solos arenosos do litoral, como o caju, e as que precisam de solos argilosos e estação fria, como as das matas de altitude e dos campos sulinos do Brasil. 
A Mata Atlântica é um verdadeiro supermercado de frutas, é só saber identificá-las corretamente, veja a relação embaixo, não são todas, mas dá uma boa noção, escolha a melhor pra você, e bom apetite!.

OBS.: Algumas das frutas aqui podem ser desconhecidas ao leitor e outras não fazem parte do nosso bioma. A classificação está na ordem: nome; nome científico e origem.

Abacate (Persea americana), da América Central
Ananás ou Abacaxi (Ananas comosus ou Ananas sativus; Bromeliaceae), da América Central e México
Abiu (Lucuma caimito; Sapotaceae), da Amazônia
Abricó (Mammea americana; Clusiaceae)
Açaí (Euterpe oleracea; Palmae), da Amazônia
Acerola (Malpighia glabra; Malpighiaceae), das Antilhas
Araçá
Ameixa-da-mata
Amêndoa (Amygalus communis)
Amendoim-de-árvore ou Castanheira-da-praia (Bombacopsis glabra); Bombacaceae do Brasil
Amora-do-mato
Araçá (Psidium cattleianum, Psidium araça; Myrtaceae). do Brasil
Araçá-roxo (Psidium rufum; Myrtaceae), do Brasil
Araticum
Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius; Anacardiaceae), várias formações vegetais do Brasil
Babaçu (Orbignya speciosa; Palmae), Amazônia e Mata Atlântica na Bahia
Bacuri (Platonia insignis)
Banana e a variante banana-da-terra (Musacea spp.; Musaceae), da Ásia
Brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum), Mata Atlântica
Buriti (Mauritia flexuosa; Palmae), brejos de várias formações vegetais
Cabeluda (Eugenia tomentosa; Myrtaceae)
Cacau (Theobroma cacao; Malvaceae), da Amazônia
Cajá (Spondias mombín; Anacardiaceae), do Brasil
Cajá-manga (Spondias dulcis; Anacardiaceae)
Caju (Anacardium occidentale; Anacardiaceae), da região costeira do N e NE do Brasil
Cajuí (Anacardium giganteum; Anacardiaceae), do Brasil
Camu-camu (Myrciaria dubia; Myrtaceae), também chamada guavaberry, da Amazônia
Caqui-do-cerrado (Diospyros hispida), do Brasil
Caqui-do-mato (Diospyros brasiliensis), do Brasil
Carambola (Averrhoa carambola; Oxalidaceae), também chamada star fruit, da Ásia
Carnaúba (Copernicia prunifera), NE do Brasil e Pantanal
Castanha-do-pará ou castanha-do-brasil (Bertholletita excelsa; Lecythidaceae), da Amazônia
Coco (Cocos nucifera; Palmae)
Cupuaçu (Theobroma grandiflorum; Sterculiaceae)
Damasco (Prunus armeniaca)
Dendê (Elaeis guineensis; Palmae) da África
Embaúba-vermelha (Cecropia glaziovii)', do Brasil
Fruta-pão (Artocarpus altilis; Moraceae)
Fruta-do-conde (Annona squamosa; Annonaceae )
Goiaba (Psidium guajava; Myrtaceae), do Brasil e América tropical
Graviola (Annona muricata; Annonaceae ), também chamada guanabana da América Central
Groselha vermelha (Ribes rubrum)
Guaraná (Paullinia cupana; Sapindaceae) da Amazônia
Guariroba (Syagrus oleracea; Palmae), SE e NE do Brasil
Ingá (Inga cylindrica), do Brasil
Jabuticaba (Myrciaria cauliflora; Myrtaceae), da Mata Atlântica brasileira
Jaca (Artocarpus heterophyllus; Moraceae), também chamada nangka, da Ásia
Jambo (Eugenia malaccensis; Myrtaceae), da Índia
Jatobá (Hymenaea courbaril;Leguminosae Caesalpinoideae), do Brasil
Jenipapo (Genipa americana; Rubiaceae), do Brasil
Maçaranduba (Manikara huberi), do Brasil
Mamão (Carica papaya; Caricaceae), da América Central
Mamão-do-mato (Carica quercifolia; Caricaceae), do Brasil
Manga (Mangifera indica; Anacardiaceae) da Ásia
Mangaba (Hancornia speciosa; Anacardiaceae)
Maracujá (Passiflora sp.; Passifloraceae)
Manteiga-de-amendoim (Bunchosia argentea;Malpighiaceae)
Murici (Byrsonima crassifolia), do N e NE do Brasil
Pequi (Caryocar brasiliense; Caryocaceae), do cerrado brasileiro
Pitanga (Eugenia uniflora; Myrtaceae) da Mata Atlântica brasileira
Pitomba (Talisia esculenta; Sapindaceae), do cerrado brasileiro
Sapoti (Achras/Manilkara zapota; Sapotaceae)
Sapucaia (Lecythis pisonis), da Mata Atlântica brasileira
Seriguela (Spondias purpurea), do Brasil
Tamarindo (Tamarindus indica; Caesalpiniaceae), da Ásia
Umbu (Spondias tuberosa; Anacardiaceae).



As plantas ou legumes mais comuns, e mais fáceis encontradas na nossa Mata Atlântica, principalmente se você estiver acampando são: Jaca, banana, limão, fruta-pão, taioba, manga, pitanga, inhame, palmito..
Para conhecer mais sobre nossas frutas "comestíveis" leia.. Alimentação natural

Então vamos a elas:


Fruta-pão – É uma das preferidas pelos campistas, há em abundância em toda orla Rio-Santos, para quem não conhece, cozinhando fica igual ao aipim, ou melhor!
É rica em proteínas e cada unidade de 3 kg fornece a porção de carboidrato de uma refeição para uma família.

Taioba –  É uma planta que se parece bastante com o inhame, até mesmo causando uma certa confusão, além de serem da mesma família. 
É originária de climas tropicais, adaptando-se bem à maior parte do nosso clima, principalmente na Mata Atlântica. 
A taioba é uma planta totalmente comestível, seu aproveitamento é maior do que o do inhame. 
Podemos ingerir o tubérculo, as folhas e as hastes. 
O gosto é quase idêntico a couve mineira, o mesmo "ou melhor", também é muito comum no litoral Rio-Santos.
É utilizada como digestivo e, em algumas regiões do mundo, também serve para ajudar em partos difíceis. Outra aplicação prática para esta planta é como repelente para mosquitos e insetos em geral. Após ser cozida, ela exala uma substância que mantém os insetos afastados.


Existe uma variedade de taioba que é "venenosa", é parecidíssima com a verdadeira, mas o talo é arroxeado e o verde é bem mais escuro, ou.. veja a imagem abaixo.
Taioba-Brava – Venenosa (muito cuidado) pois ela pode confundir. O talo é mais escuro arroxeado e as folhas de um verde bem mais escuro, e o corte superior é bem menor. Outra variedade também muito parecida, mais não tem as folhas com um risco circundante, e o corte da folha é antes do talo, não tem erro.

Banana (Pacoba ou Pacova) - É uma pseudobaga da bananeira. Originárias do sudeste da Ásia são atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Tem da Terra, Prata, D`água,.. o resto vocês devem conhecer melhor que eu.

Jaca - (Artocarpus heterophyllus), vulgarmente conhecida como jaqueira, é uma árvore tropical, muito comum, com um termo de "dura ou mole" que todos conhecem.

Limão - (Citrus) conhecido lá fora como lima, fruto da limeira, é na verdade um termo ambíguo no contexto das frutas, existem vários tipos, e os frutos surgem durante todo o ano, mas são mais abundantes de Maio a Setembro. 
Em particular o seu sumo, é usado em bebidas, como soda limonada, caipirinha "a nossa", cocktails, margarita, mojito, cuba-libre, etc.. como também é parte importante no preparo de peixes, humm, delícia...

O palmito (Euterpe edulis Martius), também chamado palmito-juçara, palmiteiro. 
Trata-se de um cilindro branco contendo os primórdios foliares e vasculares, ainda macios e pouco fibrosos. 
Os palmitos são conservados em salmoura e consumidos frios acompanhando saladas ou cozidos em diversas receitas.
É uma palmeira nativa da Mata Atlântica, e está ameaçada de extinção. 
A extração do palmito implica na morte da palmeira, uma vez que seu meristema apical é eliminado, portanto só corte a árvore se for de extrema necessidade.

Pitanga (Eugenia uniflora L.) - A pitangueira é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, seu fruto é apreciado no Brasil, por ser muito saboroso, além de ser rico em cálcio e vitamina A, ótima para refrescos. As folhas da pitangueira têm uma substância chamada pitanguina, que é muito utilizada em tratamentos caseiros.

A Manga (Mangifera indica L.) - fruto da árvore frutífera da família Anacardiaceae, nativa do sul e do sudeste asiáticos desde o leste da Índia até as Filipinas, e introduzida com sucesso no Brasil. 
A polpa é suculenta e muito saborosa, em alguns casos fibrosa, doce, encerrando uma única semente grande no centro. 
As mangas são usadas na alimentação das mais variadas formas, mas é mais consumida ao natural. Existe muitas variedades, as mais conhecidas; espada, rosa, carlotinha..

Plantas Venenosas

Muitas das plantas, apesar de belas, apresentam substâncias tóxicas, que podem provocar sintomas como coceira e vermelhidão na pele, caso sejam tocadas; vômito, falta de ar, aumento dos batimentos cardíacos, dentre outros.
 
Em alguns casos, inclusive, podem causar até a morte!.
Existem plantas tóxicas que podem provocar problemas mesmo quando as tocamos; é importante conhecermos as principais encontradas em nosso país, para evitar esse problema. 
Em caso de acidentes, o ideal é que a pessoa receba assistência médica urgente, sendo a planta levada ao médico, para identificá-la corretamente.

Vamos a essas plantas encontradas em nosso meio:


Estramônio ou Figueira-do-inferno – Datura stramonium: Este tipo de planta possui flores brancas em forma de trombetas, de branco para púrpura, sendo na maioria das vezes confundida com lírios. Suas folhas chegam a atingir 20 cm de comprimento. 
Seu fruto é uma cápsula espinhosa com quatro gomos, sendo cada um contendo uma semente. 
Esta planta é venenosa em todas as suas partes e ao esfregar suas folhas percebe-se um odor intenso e fétido. 
Os sintomas provocados por esta planta são boca seca, diminuição das secreções, vermelhidão e secura da pele, hipetermia, dificuldade de micção, alucinações, tonturas e câimbras.

Tinhorão – Caladium bicolor Schott: Conhecida também como tajá, taiá e caládio, essa planta pertencente à família das Araceae são tóxicas em todas as suas partes. 
Os sintomas provocados pela ingestão e o contato desta planta causam inflamação da garganta e da boca, edema de lábios, língua e palato, sialorréia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e edemas nos olhos.

Comigo-Ninguém-Pode – Dieffenbachia picta Schott: pertencente à família Araceae, este tipo de planta possui toxidade em todas as suas partes. 
A ingestão e contato desta planta provocam irritação das mucosas, edema de lábios, língua e palato, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, em contato com os olhos causam lesão e irritação da córnea.

Taioba-Brava (Muito cuidado), pois ela pode confundir com a verdadeira. 
O talo é mais escuro arroxeado e as folhas de um verde bem mais escuro, e o corte superior é bem menor. 
Outra variedade também muito parecida, mais não tem as folhas com um risco circundante, e o corte da folha é antes do talo, não tem erro.
Ela contém oxalato de cálcio, essa substância não é venenosa, mas quando ingerida, pode ser fatal porque os cristais podem perfurar os tecidos da região do pescoço, provocando edema, o que impede a passagem do ar, matando por asfixia. 
O risco é maior para animais de estimação (cães e gatos) e crianças.

Charuto-do-Rei - Nicotiana Glauca, também conhecida por couve-do-mato, falsa mostarda, mostarda da palestina ou tabaco-bravo, é uma planta tóxica que quando consumida pode causar sintomas como náusea, vômito, diarreia intensa, dificuldade para andar, paralisia nas pernas, dificuldade para respirar e parada respiratória. 
Esta planta é facilmente confundida com a couve comum e pode ser facilmente encontrada na zona rural do município de Divinópolis, o que a torna ainda mais perigosa, pois quando nova pode ser facilmente confundida com plantas comuns e inofensivas. 
Estas planta pode ser especialmente perigosa para quem vive e trabalha no campo, tendo na sua composição anabasina, uma substância altamente tóxica para o organismo. 
Na presença de algum destes sintomas é recomendado ir no hospital o mais rápido possível, pois nos casos mais graves o envenenamento com esta planta pode levar a morte!. 
Para identificar esta planta mortífera é importante ficar atento ás suas características que se assemelham ás da couve, que incluem:  
1 - Quando nova é pequena, possuindo um caule e algumas folhas;
2 - Folhas verdes, grandes e largas, ligeiramente pontiagudas;
3 - Quando adulta parece um arbusto, possuindo caules longos; 
4 - Flores amarelas em forma de cone. 

Hera Venenosa – Toxicodendron radicans, gênero de arbusto lenhoso, da família das Anacardiáceas ou família Sumac. 
Todos os membros do gênero produzem um óleo chamado urushiol que é irritante para  a pele, e que pode causar severas reações alérgicas. 
Anteriormente os membros deste gênero se incluíam dentro de outro gênero chamado  Rhus. Tem muitas frutinhas brancas e venenosas.

Aroeira – Lithraea brasilienses March (Atenção: Só esta espécie é tóxica); conhecida popularmente como aroeira-de-bugre, aroeira-brava, aroeira-do-mato, aroeirinha-preta, coração-de-bugre e pau-de-bugre, é um arbusto da família das anacardiáceas. 
Possui flores branco-esverdeadas em panícula. 
O fruto é drupáceo, branco ou verde-azeitona-claro. 
Todas as partes da planta é tóxica: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Aroeira - Schinus terebinthifolius Raddi - (Esta não é tóxica): aroeira-mansa, aroeira-vermelha, aroeira precoce, aroeira-pimenteira, aroeira-do-sertão, nativa de várias formações vegetais do nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. 
Muito apreciada na culinária francesa, onde é conhecida por poivre-rose (a pimenta rosa), também muito usada em banhos medicinais. 
Existe mais 4 ou 5 tipos de aroeira, mas estas são as mais comuns.

Urtiga – Causa grande irritação na pele. Começa com uma vermelhidão e logo após aparecem bolhas. Cresce em áreas úmidas, possui frutinhas brancas venenosas.

Mamona  Conhecido popularmente como Mamona, mamoneira, carrapateira, carrapato e rícino, é uma planta da família das euforbiáceas, bem como a semente dessa planta. 
O seu principal produto derivado é o óleo de mamona, também chamado óleo de rícino.
Embora seja usado na medicina popular como purgativo, este óleo possui largo emprego na indústria química devido a uma característica peculiar: possui uma hidroxila (OH) ligada na cadeia de carbono. Não existe outro óleo vegetal produzido comercialmente com esta propriedade. 
A semente é tóxica devido principalmente a uma proteína chamada ricina, que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses.
O óleo é de difícil digestão (provoca diarreia), mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina
Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto!. 
Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A ou Albuminas 2S presente nas sementes e no pólen. Um terceiro componente ativo na mamoneira é a ricinina (não confundir com ricina).

Mamona - cuidado com a semente

Bico-de-PapagaioA poinsétia, também designada pelos nomes de Bico-de-Papagaio, rabo-de-arara e papagaio (no Brasil), cardeal, flor-do-natal, ou estrela-do-natal é uma planta originária do México, onde é espontânea. 
O seu nome científico é Euphorbia pulcherrima, que significa “a mais bela (pulcherrima) das eufórbias”.
É uma planta muito utilizada para fins decorativos, especialmente na época do Natal, devido às suas folhas semelhantes a pétalas de flores vermelhas. 
Como é uma planta de dia curto, floresce exatamente no solstício de Inverno que coincide com o Natal (no hemisfério norte – o que explicaria porque essa planta não é tão identificada com o Natal no Brasil).
A seiva leitosa da planta, constituída por um tipo de látex irritante, em contato com a pele e mucosas provoca inflamações, dor e comichão, podendo causar também irritação nos olhos, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldades na visão. 
A sua ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

Copo-de-leite -  É tóxica, devido à presença de oxalato de cálcio, ingerida pode provocar asfixia, em contato com os olhos, lesão na córnea. 
O copo-de-leite é muito vendido em floriculturas, e apreciado em jardins.

Lantana camará - conhecida popularmente como camará, cambará, camará-de-cheiro, camará-de-espinho, cambará-vermelho, é um arbusto ornamental, é reconhecidamente tóxica, e a ingestão de quantidades aproximadas de 40g/kg de peso animal, em dose única, pode levar a morte.
Outra variedade da Camará

Espirradeira -(Nerium oleander), também conhecido como oleandro, loendro, aloendro, loandro-da-índia, flor-de-são-josé, é uma planta ornamental.
Toda a planta é tóxica, tem como princípios ativos a oleandrina e a neriantina. 
Basta que seja ingerida uma folha para matar uma pessoa! no entanto, muitas vezes a ocorrência de vômitos evita a morte.
Os sintomas da intoxicação, que podem aparecer várias horas depois da ingestão, são dores abdominais, pulsação acelerada, diarreia, vertigem, sonolência, dispneia, irritação da boca, náusea, vômitos, coma e morte.

Avelós - (Euphorbia tirucalli) popularmente conhecido como pau-pelado, homem-nu, coroa-de-cristo, produz uma seiva tóxica e cáustica, capaz de cegar.
Em contato com a pele causa queimaduras graves, se engolir a seiva e tiver a ingestão, o indivíduo deve procurar assistência médica.
Alamanda - (Allamanda cathartica L.), também conhecida como dedal-de-dama é uma planta tóxica ornamental; ingestões acidentais acarretam distúrbios gastrintestinais intensos caracterizados por náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia, causados pela presença de saponinas.
Alamanda azul

Cinamomo - (Melia azedarach), ou amargozeira, está na alta toxicidade de suas folhas e frutos. 
Devido à presença de saponinas e alcalóides neurotóxicos (azaridina), todas as suas partes quando ingeridas podem causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia intensa; em casos graves, pode ocorrer depressão do sistema nervoso central.
O maior cuidado deve ser tomado com os frutos, pois são atrativas especialmente para crianças.
Coroa-de-cristo - (Euphorbia milii) arbusto muito difundido no Brasil, onde é utilizado como planta ornamental e como proteção em cercas vivas.
Também é conhecida como colchão-de-noiva, dois-irmãos, bem-casados, coroa-de-espinhos, martírios, duas-amigas, coroa-de-nossa-senhora e dois-amigos.
Possui látex cáustico e irritante, que pode afetar as mucosas nasal, oral e ocular.
Quando entra em contato com os olhos ocasiona conjuntivite podendo causar lesões mais graves levando a perfuração da córnea e cegueira.
O contato com a pele pode causar queimaduras, e a formação de vesículas e pústulas.
O contato com a mucosa oral ou no caso de mastigação e ingestão pode provocar salivação, náuseas, vômitos e até diarreia.


Intoxicações pelas plantas

A intoxicação aguda por plantas, quase sempre é por ingestão acidental da planta ou de alguma de suas partes  tóxicas. Muitas vezes, a criança ingere ou manuseia uma planta tóxica levada por sua natural curiosidade e pelas suas características psicológicas de explorar o ambiente, também pelo desconhecimento do perigo.
Podem haver, ainda, a utilização de plantas venenosas para a alimentação, como por exemplo a mandioca-brava (cujo princípio tóxico é mais concentrado nas folhas e raízes). 
Tal ingestão determina um quadro de intoxicação cianídrica, com elevada mortalidade. 
O tratamento exige atendimento rápido em centros de referência.

Plantas ornamentais como "comigo ninguém pode", que são comumente causadoras de acidentes, causam grande irritação de mucosas, pela presença de ráfides de oxalato de cálcio: edema de lábios, dor em queimação, sialorréia, disfagia, afonia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. 
O tratamento é sintomático, podendo ser administrado um protetor de mucosa, como gelatina dissolvida ou clara de ovo.

A sugestão é prevenir acidentes, tomando cuidados no manuseio de plantas, bem como alertar as pessoas para a utilização criteriosa, visto que as propriedades de alguns vegetais sofrem a influência de grande número de fatores e que morfologicamente é muito difícil distinguir. 
De maneira geral, as plantas podem produzir distúrbios digestivos, cutâneo-mucosos, alergias respiratórias e ser utilizadas como alucinógenos. 

É importante ressaltar alguns pontos para evitar acidentes:
- Conhecer as plantas perigosas da região, da casa e do quintal, pelo aspecto e nome.
- Não comer plantas selvagens, inclusive cogumelos, a não ser que sejam bem identificados.
- Conservar plantas, sementes, frutos e bulbos longe do alcance de crianças pequenas.
- Ensinar as crianças, o mais cedo possível, a não pôr na boca plantas ou suas partes, alertando-as sobre os perigos em potencial das plantas tóxicas.
- Não permitir as crianças o hábito de chupar ou mascar folhas, sementes, ou qualquer parte de plantas.
- Identificar a planta antes de comer seus frutos, baseando-se na observação de aves ou insetos que a consomem, para saber se ela é tóxica.
- Nem sempre o aquecimento ou cozimento destroem a substância tóxica.
- Não fazer nem tomar remédios caseiros com plantas indiscriminadamente.


Contato com Plantas Venenosas

Ao entrar em contato direto com alguma planta venenosa deve-se: 
- Lavar imediatamente a área com bastante água e sabão durante 5 a 10 minutos;
- Envolver o local com uma compressa limpa e procurar ajuda médica.
Além disso, algumas recomendações após o contato com plantas venenosas são:
- Lavar toda a roupa, inclusive o cadarço dos sapatos;
- Não coçar o local;
- Não colocar álcool na pele.
Nunca se deve tentar remover a resina da planta com um banho de imersão, colocando a mão dentro de um balde, por exemplo, pois a resina pode se espalhar por outras áreas do corpo.
Uma boa dica é levar a planta venenosa para o hospital para que os médicos saibam de qual planta se trata, podendo identificar o tratamento mais adequado, porque isto pode variar de uma planta para outra.

Remédio caseiro para acalmar a pele

Um bom remédio caseiro para acalmar a pele depois do contato com plantas venenosas é o bicarbonato de sódio. 
Depois do contato com a planta venenosa, como o copo de leite, comigo-ninguém-pode, tinhorão, urtiga e aroeira, por exemplo, a pele pode ficar vermelha, inchada, com bolhas e coceira e o bicarbonato de sódio devido as suas propriedades anti-sépticas e fungicidas vai ajudar a pele a rejuvenescer e matar bactérias ou fungos que possam estar presentes nela.
Ingredientes:
1 colher (de sopa) de bicarbonato de sódio
2 colheres (de sopa) de água

Modo de preparo
Misturar os ingredientes até formar uma pasta uniforme e passar na pele irritada. 
Cubra com uma gaze limpa e troque este curativo 3 vezes ao dia, até que os sinais de irritação na pele, como coceira e vermelhidão, tenham desaparecido.
Antes de aplicar este remédio caseiro, deve lavar imediatamente a área com bastante água e sabão durante 5 a 10 minutos depois de tocar na planta venenosa, aplicar uma gaze ou compressa limpa no local e ir rapidamente ao hospital procurar por ajuda médica.
Evite coçar o local que entrou em contato com a planta e não tome um banho de imersão, pois a resina da planta pode se espalhar para outras regiões do corpo e se puder leve a planta para o hospital para que seja feito o tratamento mais adequado.






6 comentários:

  1. Respostas
    1. Boa tarde, Glaucia.
      Que prazer tê-la por aqui. Seja bem-vinda.
      Obrigado pelo elogio.
      Aguardo mais à sua visita.
      Abraços,

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  2. Parabéns Valter Luna! Post Perfeito!

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    1. Valeu mesmo, Willamys.
      Fico agradecido, muito obrigado.
      Um abraço,

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  3. Não foi mencionada uma planta altamente tóxica, a Nicotiana glauca, conhecida como charuto-do-rei ou couve-do-mato. Muito perigosa por parecer com a couve comestivel quando pequena.
    Uma família do sul se intoxicou, um homem morreu, e eu mesma tive intoxicação fortissima por essa planta. Comprei a semente como sendo de couve. Comi enquanto ainda estava pequena. Quase morri!

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    1. Oi, Na Cássia, tudo bem? seja bem vinda!
      Muito obrigado pelo esclarecimento, e vamos procurar saber mais sobre esta Nicotiana, valeu mesmo pelo apoio.
      Um abraço, volte sempre.

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