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5.1.24

Alpinismo/Montanhismo

Alpinismo/Montanhismo - Acampe nas alturas

Camping Natural
Escalar serras, vencer o desafio de escarpas difíceis e chegar ao cume, perto das nuvens, descobrindo novas paisagens, é uma opção fascinante para quem gosta de acampar em zona montanhosa
Dizem os veteranos alpinistas que só quem escala pedras pode ver a paisagem e ao mesmo tempo sentir-se parte dela.
O alpinismo é um esporte que exige técnica, coragem e controle muscular, e que pode oferecer muitos prazeres ao campista.
E para o alpinista nada se compara com a alegria de chegar lá em cima.
Para quem é adepto; o alpinismo é uma prática desportiva de alta montanha, baseada em diferentes técnicas de progressão e com equipamento de montanha apropriado, pelo que não deve ser confundida com o montanhismo.
Até recentemente, a escalada e o alpinismo eram entendidos como variantes do montanhismo. Atualmente, porém, considerando o grau de especificidade que estas modalidades atingiram, o montanhismo passou a designar apenas as atividades de marcha em condições de média montanha (até 2.500 aproximadamente). 
Camping Natural
Que não requerem materiais e técnicas típicas do alpinismo e da escalada, embora na realização de um percurso de média montanha também possa ser necessário o recurso a pequenas manobras de corda para ultrapassar pequenos obstáculos de rocha ou eventualmente ultrapassar locais de difícil acesso.

Mas no Brasil, muita gente fala de alpinismo quando pensa em montanhismo
Embora os dicionários digam que os dois são iguais, os especialistas veem algumas diferenças: Alpinismo é escalada nos Alpes e, por extensão, subida de montanhas muito altas e difíceis, ao contrário de montanhismo: escalada de montanhas menores e com menos obstáculos.
Aqui não há muitos picos a escalar e as altitudes são menores, mas sem o inconveniente dos invernos rigorosos. 
O montanhista não precisa de agasalhos especiais e suporta sem grandes problemas o frio e o vento das montanhas brasileiras.

As técnicas

A técnica de escalada evita que o montanhista desperdice força. Mas essa técnica não se aprende em livros. É necessário que o principiante vá a montanha e pratique, porque a teoria à prática a distância é grande em montanhismo.
As regras essenciais de escalada são duas: primeira - nunca cole o corpo à rocha; mantenha-se afastado tanto quanto possível, procurando ficar em posição vertical para equilibrar-se e ver bem a rocha; segunda - tenha sempre três pontos de apoio, no mínimo: dois pés e uma das mãos ou duas mãos e um dos pés.


A técnica de escalada só se aprende mesmo na prática. É necessário começar com pequenas escaladas na companhia de um alpinista experimentado ou em excursões programadas pelos clubes de alpinismo. Aos poucos você aprenderá a fazer os movimentos certos, e a seguir as cinco regras básicas de segurança:
1) Saber retroceder na hora certa e jamais enfrentar mau tempo numa escalada;
2) Não prosseguir quando faltar material apropriado;
3) Nunca colar o corpo à rocha e ficar em posição vertical para maior equilíbrio;
4) Manter sempre três pontos de apoio e um de segurança;
5) Não ir à montanha desacompanhado e respeitar sempre as decisões do guia.

Sem regras

O mecanismo de escalada livre é complexo e não existe regras fixas para cada caso. A aderência das mãos e dos pés, entretanto, é o aspecto mais importante. Nos lugares onde a rocha é mais lisa, a aderência é menor e por isso há necessidade do uso de sapatos com sola "vibram" ou de pneus. Na escalada natural, o montanhista usa apenas as saliências e fendas da rocha.

A escalada, conforme o aspecto de cada lance, pode ser externa, interna ou mista. 
Na externa, a subida - ou progressão - é geralmente vertical, com o uso das saliências e fendas como pontos de apoio. Numa saliência, os pés devem ser colocados de lado para que a área de apoio seja maior.  
Os joelhos não devem ser usados por dois motivos: comprometem o equilíbrio do alpinista e doem, além de forçarem o homem a aproximar-se da rocha. Quando a saliência for pequena e nela não couber toda a palma da mão, o apoio deve ser feito com as pontas dos dedos. 
Mas, se não houver degraus na rocha, usa-se a oposição de esforços, com os pés fazendo pressão sobre a rocha e as mãos fazendo tração para cima; o diedro, um caso particular de oposição de esforços, é feito quando os pontos de apoio estão dos lados do corpo. 
O aproveitamento de uma fissura para vencer um lance é muito importante; se ela for horizontal, é aproveitada como fenda, igual às outras para apoio de mãos e pés; mas, se for vertical e apenas os dedos entram, o polegar faz pressão num sentido e os outros no sentido contrário;  se couber toda a mão, apoiam-se os dedos num ponto e faz-se força com as costas da mão em outro sentido. Os pés apoiam-se lateralmente na fissura ou dos lados dela, procurando obter a maior aderência possível.
Nas escaladas  internas, o sistema de oposição de forças é muito usado, principalmente por causa da falta de espaço. 
Na chaminé, fenda entre dois paredões paralelos onde cabe um homem, a subida é feita pelo sistema "rala-costas": o homem cola as costas à parede e coloca os pés ou joelhos - conforme a largura da chaminé - na parede oposta; por movimentos sucessivos, para cima, com as costas e pernas, vence o lance. 
O primeiro movimento é dos pés ou joelhos; um deles é levado um pouco para cima. 
Bem apoiado, o montanhista faz pressão sobre a rocha e, auxiliado pelas mãos, eleva as costas. 
Depois eleva o outro pé ou joelho. 

Em chaminés mais largas, o alpinista fica quase em pé: numa parede apoia as costas, a mão esquerda e o pé direito (ou o inverso), e na outra, a mão direita e o pé esquerdo; com os pés e mãos apoiados, eleva as costas; em seguida as mãos e por último os pés, sempre conservando três pontos de apoio, no mínimo. 
Se a chaminé for estreita demais, apoiam-se mãos e pés numa parede e as costas na outra, usando os joelhos quando for necessário.
Mas há chaminés largas demais, onde cabe um homem quase deitado; nesse caso, não se pode apoiar o tronco em uma parede e os membros na outra. 
A escalada é feita da seguinte maneira: o corpo fica no centro da chaminé, sem contato com as paredes, e os braços e pernas dando apoio dos lados. 
A elevação perfeita do corpo é feita em quatro movimentos, primeiro dos braços - um de cada vez - e depois das pernas, verificando-se sempre se o apoio é suficiente.

A escalada mista é feita nas fendas, que são largas mas não permitem a entrada de um homem. 
Nelas são colocados braços ou pernas, que se apoiam para auxiliar a subida. 
Quando a fenda é vertical e as bordas são bem agudas, apoiam-se nelas as mãos, enquanto os pés fazem pressão na parede da frente ou na fenda. Esse último tipo de subida cansa muito e só é usado em pequenos trechos.

Na descida, pode-se ficar de costas para a rocha, se o lance for fácil. 
Se não existirem saliências ou outros pontos de apoio, a descida deve ser feita de lado, com os sapatos apoiados na pedra. Se as dificuldades forem maiores, é melhor descer como se subiu. Existe um meio de descida rápida, o rappel: prende-se uma corda dupla a um grampo, a uma árvore ou a uma pedra. 
A passagem da corda pelo corpo começa por baixo da perna direita, depois por cima do ombro esquerdo e por baixo da axila direita. A ponta fica solta, caída entre as pernas. 
A parte da corda que passa por baixo da axila é segurada pela mão direita do montanhista, e vai sendo afrouxada à medida que ele queira descer. 
Na hora de parar, basta segurar esse ponto da corda; é um sistema de freios eficiente. No rappel, só há uma desvantagem: o atrito da corda sobre a pele fere o alpinista. Por isso, alguns improvisam proteções de couro para os ombros e para a perna.
As escaladas são classificadas por graus, que vão do primeiro, quando a subida é feita só com o auxílio das mãos e pés, até o quinto grau, quando é preciso enfrentar pelo menos 500 metros de rocha e outros problemas para se alcançar o cume. 

Uma escalada pode ainda ser artificial, com o alpinista se utilizando de pinos, pitões e mosquetões, ou natural, quando a própria pedra é o instrumento usado para a subida.
Se você é iniciante procure associar-se a algum clube de alpinismo. 
A maioria no Rio de Janeiro.
Dentre os campings para essa prática, um dos melhores é o "Avaré", em São Paulo, ao lado da represa Xavantes. Nos campings de "Itatiaia e de Friburgo" – zona montanhosa do Rio de Janeiro – , você tem todas as opções para o alpinismo.

Os preparativos

A montanha poderá reservar algumas surpresas desagradáveis se você não estiver preparado para enfrentá-las. 
Em primeiro lugar, consulte um médico e peça um exame completo, com mais atenção para os aparelhos cardiovasculares e respiratórios. 

Depois, mantenha-se em forma física, praticando seu esporte preferido, e escolha o lugar para onde vai, segundo sua capacidade de montanhista: reserve uma pousada ou abrigo ou prepare-se para armar sua barraca ao pé da montanha. 
Faça uma revisão geral no equipamento, verificando principalmente o material de escalada, e inscreva-se em um clube de montanhismo, se ainda não for sócio de nenhum.
 
Reserve suas passagens ou arrume o carro para viajar e consiga companhia. 
"Nunca vá sozinho para a montanha", você pode sofrer um acidente e ficar sem ajuda. 
E, antes de sair para escalada, diga ao guarda do abrigo, ou a quem ficar embaixo, o caminho que vai fazer, dando todo o itinerário, o lado da pedra que vai ser escalado, o nome das pessoas que estão com você e a hora provável de volta. 
Feito isso, sua segurança será bem maior.



As armas para vencer abismos

A segurança do alpinista está nesses equipamentos:

1) Blusão de náilon ou "anorak"; 2) gorro de lã comum; 3) gorro de lã com protetor para orelhas; 4) cantil; 5) rolo de cordas de náilon; 6) sapatos para montanha com sola "vibram"; 7) mochila de assalto; 8) pitão; 9) grampo de montanha; 10) mosquetão comum; 11) e 12) mosquetões com rosca de segurança; 13) "oito" de descida ou sustentação; 14) grampo de montanha; 15) "descendeur"; 16) talhadeira; 17) cunha de madeira; 18) martelo de montanha; 19) " baudrier".

A mochila do montanhista é diferente da usada para camping: ela deve ser mais comprida do que larga, para não fazer peso em uma área pequena, mas distribuí-lo igualmente pelas costas. 
Suas alças, na parte superior, devem partir do mesmo ponto, para que a carga fique sempre junto ao corpo. 
Se a mochila ficar frouxa poderá desequilibrar o montanhista.
Facões ou machadinhas somente o guia da excursão poderá levar aos parques nacionais do Itatiaia e da Serra dos Órgãos. 
Os outros, apenas facas de até 6 polegadas de comprimento. 
Nunca armas de fogo, porque é proibido caçar. 
É recomendável usar repelente para afastar os insetos.
Além da mochila, para sua maior segurança você pode levar: capacete, para no caso de quedas repentinas, óculos para altitudes elevadas, como proteção de cegueira da neve (coisa que não era comum) e luvas.



Para vencer as montanhas

Para a escalada, o equipamento é especial: cordas de segurança individual (5 metros) e de segurança de grupo (20 metros por pessoa). 
Elas devem ser de material bem resistente, de preferência náilon, e bem flexíveis. 
As européias são mais leves, mais flexíveis e tão resistentes quanto as nacionais. 
Mesmo assim não há necessidade de importá-las porque as nacionais, embora não tão boas, servem muito bem na montanha. 
O diâmetro recomendado para a corda de segurança do grupo é 10 mm; se forem usadas duas cordas, o diâmetro poderá ser de 8,5 mm. 

Além de tudo, as cordas precisam ser elásticas, para absorver parte do choque numa queda.
Há grupos que usam cordas de sisal, mais barata, apesar de menos resistente do que as de náilon. As de perlon são mais resistentes e mais maleáveis do que as de náilon, mas custam mais do dobro. 
Mas corda ideal para alpinismo não existe, dizem os especialistas, porque ou falta flexibilidade ou resistência.

O elemento mais importante para a segurança do montanhista, depois da corda, é o mosquetão, uma peça feita geralmente de duralumínio, como um elo, que abre um dos lados sob pressão e depois se fecha pela ação de uma mola. 

Ele serve para prender a corda do alpinista ao grampo cravado na rocha. 
Não se fabricam mosquetões no Brasil, a não ser em pequenas oficinas, que não oferecem a segurança e a garantia dos importados. 

Os mais comuns são os franceses, da marca Pierre Allain, feitos em duralumínio, que suportam até 1 650 quilos. Os da marca Dural Kamet, em aço, suportam mais de 2 000 quilos de peso. 
Dependendo da qualidade, os mosquetões variam muito de preço. 

Há uma infinidade de tipos, alguns com rosca, para maior segurança depois de fechados.
Os pitons, lâminas de metal com argolas numa extremidade, não são muito usados, a não ser na "conquista" (primeira escalada de uma montanha).
A argola serve de apoio ao mosquetão, e a lâmina é colocada em em fendas na rocha. 
Cunhas de madeira, que podem ser feitas em qualquer marcenaria, substituem os pitons nas fendas mais largas. 
Só que, em vez de argola na extremidade, as cunhas tem voltas de corda de náilon, onde o mosquetão é preso.



Somente usado pelo guia da escalada, o baudrier é constituído de duas peças: um cinto e um suspensório, ligado a ele, que passa sobre o ombro direito. 
Ao baudrier - improvisado com cordas e tirantes de náilon - prende-se um mosquetão e a corda de segurança.
Os grampos que se fixam na rocha são usados apenas nas conquistas. 
São fabricados por ferreiros e medem 2 centímetros de diâmetro  por 12 a 15 de comprimento. Terminam por uma argola grossa.

E há ainda o descendeur, que é muito usado na Europa como freio de corda para descer da montanha (no Brasil é pouco empregado), e as talhadeiras para perfurar a rocha e colocar os grampos.
Também importado, o oito é outro equipamento para escalada: serve tanto para descida como para sustentar o companheiro de trás.

A melhor roupa para escalada, no verão, é a folgada, de costuras e tecidos fortes. As calças devem cobrir os joelhos, sem chegar aos tornozelos, e as camisas, de mangas compridas, precisam ter cores fortes, para que o montanhista seja localizado facilmente em caso de acidente. 

Na mochila convém levar um blusão impermeável de náilon, para proteção contra a chuva.
A parte mais importante do equipamento pessoal do montanhista são os sapatos. 
Como não são fabricados no Brasil, precisam ser importados ou improvisados, com sola de pneu. 
O vibram, nome da sola inventada por Vitale Bramani, é uma borracha tão dura quanto a dos pneus e adere firmemente à rocha. 
Os solados vibram podem ser trazidos da Argentina. Os tipos de sapatos com essas solas são diversos. Há alguns com palmilha de aço, para evitar que o pé do alpinista dobre e deixe o corpo sem equilíbrio.
Para a caminhada até o pé da montanha, podem-se usar tênis; na falta de vibram ou solados de pneu, as alpargatas com sola de corda servem, e as meias 3/4 são as melhores.
Se o tempo estiver frio - é o melhor para se ir à montanha - é preciso levar agasalhos, meias de lã, luvas e um gorro de lã colorida, que cubra as orelhas. 

No inverno ele é o distintivo do montanhista.
Não se pode esquecer o estojo com medicamentos para primeiros socorros, com algodão, gaze, mertiolate, esparadrapo, soro antiofídico polivalente, analgésicos, antitérmicos, glicose em pó (para quando o cansaço chegar no meio da subida), éter, amoníaco, antidiarreicos, pinça, tesourinha, pomada para queimaduras,  colírio e água oxigenada.
Todos os equipamentos, inclusive os não fabricados no Brasil, podem ser encontrados facilmente nas grandes lojas de artigos esportivos espalhadas no nosso país.


A linguagem do montanhista

Abrigo - Alojamento construído junto a uma montanha.
Alicate - Técnica de escalada em que o montanhista envolve uma pedra com os braços e pernas para fixar-se ou prosseguir subindo.
Alpinismo - Montanhismo é o nome correto desse esporte, que os primeiros aficionados popularizaram escalando os Alpes.
Agulha - Pedra alta e esguia.
Baudrier - Conjunto de corda e tirantes que prendem o alpinista à corda de segurança.
Bornal - Sacola que se leva a tiracolo.
Chaminé - Passagem entre duas rochas.
Corda de segurança - Geralmente de náilon, embora ainda sejam usadas de sisal.
Cordada - Grupo de montanhistas amarrados à mesma corda.
Cravo -Estilete de aço fincado na rocha para dar segurança ao montanhista.
Cunha - Pedaço de madeira afinado numa das extremidades e com um furo na outra. Serve para ser cravado numa fenda, a fim de prender a corda de segurança.
Elevador - Descida íngreme, geralmente não usada para escaladas.
Fissura - Falha longitudinal na rocha que auxilia a escalada.
Fenda - Pequena fissura.
Grau - Classificação dos diversos tipos de escalada, de acordo com a dificuldade que oferecem.
Grampo - O mesmo que cravo.
Laís-de-guia - Nó para fixar a corda. Emenda na corda.
Lance - Espaço entre dois grampos de segurança.
Mosquetão - Peça de aço ou alumínio, em forma de elo, que se abre num dos lados e é fechada pela ação de uma forte mola.
Oposição - Técnica de escalada em que a tração é feita pelas mãos, enquanto os pés pressionam a rocha.
Piton - Lâmina de metal com uma argola numa extremidade, que se introduz numa fenda da rocha.
Pierre Allain - Marca mais comum de mosquetão, suporta até 1 600 kg.
Rapel - Descida rápida por uma corda.
Segurança - Apoio que o montanhista dá a um companheiro.
Solteiro - Corda com 5 metros de comprimento, para segurança individual.
Vibram - Sola de borracha dura, que adere bem à rocha.
Vibram nacional - Sola feita com borracha de pneus.

As montanhas

As duas maiores áreas para alpinismo, e também as mais procuradas, ficam no Rio de Janeiro, em dois parques nacionais: o da Serra dos Órgãos e o de Itatiaia. 
As montanhas da Serra dos Órgãos são consideradas uma verdadeira escola para os alpinistas, que encontram ali todos os tipos de escaladas. 
Todas as montanhas do parque podem ser alcançadas por caminhadas (uma forma de montanhismo) pesadas ou leves. 
Há aproximadamente 40 km de trilhas na mata passando pelos abrigos e áreas de acampamento e levando até as principais montanhas.


Algumas trilhas são estreitas e acidentadas, como as que levam às montanhas Mirante do Inferno, Pedras de São João e de São Pedra, Agulha do Inferno, Agulhinha, Pedras do Sino da Baleia e ao Morro do Açu. 
Mas a trilha principal, que parte da sede do parque em direção ao Nariz do Frade e Queixo do Frade, é mais fácil. Da estrada Rio - Teresópolis (10 km antes a entrada do parque) saem três trilhas para as montanhas Cabeça de Peixe (3 km), Dedo de Deus (2 km) e Dedo de Nossa Senhora (2 km). 
São as trilhas difíceis, que exigem a presença de um guia, pois em certos trechos a vegetação cobre o caminho.

Para conhecer bem a região, você poderá também fazer uma longa caminhada pelo parque, acompanhado por um guia, pela travessia do Açu, entre as cidades de Petrópolis e Teresópolis. 
Outra opção é conhecer as montanhas mais próximas da sede, sem ter que vencer as longas picadas no meio da mata. 

Na estrada Rio - Teresópolis, no local conhecido por Santinha (52 km), uma trilha o levará à montanha Cabeça de Peixe, local para uma boa escalada. 
Cerca de 200 metros antes fica a entrada para o Dedo de Deus, com 1 650 metros, escalada muito procurada por ser relativamente fácil.

Menos extenso, mas também, muito atraente, é o Parque Nacional de Itatiaia.
Nele as escaladas podem começar pelos trechos mais fáceis, que são as três vias normais do pico das Agulhas Negras e das Prateleiras. 
Elas aumentarão em dificuldades se você resolver enfrentar as Chaminés do Estudante e do Aspirante e a Via Diagonal, nas Agulhas Negras, e as Chaminés Idalício e Brackman, nas Prateleiras. 
Deixe para mais tarde, quando já tiver adquirido experiência, a subida do Paredão das Andorinhas, que é feita por escalada artificial.

As caminhadas - mais indicadas para principiantes - devem ser feitas para Pedras do Couto, do Altar e Sentada, ou em direção à pequena vila de Visconde de Mauá, contornando as Agulhas Negras. 
Se você não conhece a região e não está acompanhado de guia, consulte os guardas do abrigo Rebouças, que também é um dos pontos indicados para acampamento.

Os alpinistas e sócios de clubes do Rio de Janeiro não vão muito longe nos fins de semana: escalam a Pedra da Gávea, Agulhinha da Gávea, pico da Tijuca, Pedra do Papagaio - todos com acesso pela estrada da Gávea - e mais o Pão de Açúcar. 

É por essas pedras que o principiante tem de começar, antes de estar preparado para as escaladas em Teresópolis ou Itatiaia, as mais difíceis, geralmente exploradas durante as férias.
A todos esses lugares pode-se ir por trekking (uma forma de montanhismo), que pode ser fácil ou difícil, dependendo das dificuldades que se tenham de transpor. 

E cada pedra pode ter três, quatro, cinco ou mais trilhas para a escalada, cada uma com nome diferente. Na Agulhinha da Gávea, por exemplo, há escaladas pelo Paredão 15 de Novembro, Paredão Jorge de Castro e Paredão Olimpo. 
No Rio, as escaladas mais difíceis são as da Pedra da Gávea, especialmente a Passagem dos Olhos do Imperador, e o Pão de Açúcar.

Os clubes

São estes alguns clubes de alpinismo que poderão ajudá-lo a se tornar um alpinista:
Rio de Janeiro: Centro Excursionista Brasileiro; Centro Excursionista Rio de Janeiro; Clube Excursionista Carioca; UNICERJ - União de Caminhantes e Escaladores; Clube Excursionista Light; Centro Excursionista Guanabara.
Petrópolis: Centro Excursionista Petropolitano.
Teresópolis: Clube Excursionista Serra dos Órgãos.
Resende: Grupo Excursionista Agulhas Negras.
São Paulo: Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo; Clube Alpino Paulista; APEE - Associação Paulista de Escalada Esportiva.
Vitória: ACE - Associação Capixaba de Escalada.
Curitiba: Associação Montanhista de Cristo.
Minas Gerais: Federação de Montanhismo do Estado de Minas Gerais.
Rio Grande do Sul: AGM - Associação Gaúcha de Montanhismo.




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