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6.2.23

Vôlei de praia

Vôlei de praia - Suor e diversão nas areias 

O vôlei invadiu as praias brasileiras nos últimos anos, atraindo cada vez mais adeptos.
É um dos mais praticados em praias em que o camping é difundido, sendo muito comuns, mas em se tratando de camping selvagem, onde particularmente sou fã, é preciso improvisar todo o material para pelo menos fazer transparecer como uma forma de jogo. 

Alguns campistas adeptos trazem de casa (ou tem em sua própria tralha de camping) alguns equipamentos básicos, como a rede e a bola, por exemplo.
Procurar madeira (galhos, bambus..), cordas e tentar encontrar algum pedaço de rede com um gentil pescador, é uma ótima forma de divertimento e lazer, além do jogo. 
Vamos dar aqui, todas as regras e materiais para o vôlei de praia, para que você, pelo menos saiba como improvisar e ficar por dentro de tudo nesse maravilhoso esporte.
Camping Natural
Em 1996, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, o vôlei de praia passou a integrar o programa nos Jogos Olímpicos. Na categoria feminina, a primeira medalha de ouro na modalidade foi conquistada por uma dupla brasileira, Jacqueline Silva e Sandra Pires, tendo como vice-campeãs as também brasileiras Mônica Rodrigues e Adriana Samuel.

Regras

Número de jogadores - A regra prevê apenas o confronto entre duplas (masculinas, femininas).
As equipes têm apenas dois jogadores, que não podem ser substituídos. 
Um jogador que se machuque tem cinco minutos para se recuperar. 
Caso não consiga, a dupla é considerada incompleta e perde a partida.
Posição dos jogadores - Não existe posição definida, eles podem se movimentar livremente pela quadra.
Pontuação - A partida é vencida pela primeira equipe que conseguir vencer dois sets. 
Um set é vencido pela equipe que completa 21 pontos primeiro, desde que haja uma diferença de dois pontos para a equipe adversária. 
Caso não haja, o set deve prosseguir até que tal diferença surja. 
Caso cada equipe vença um set, havendo um empate de 1 a 1, haverá um terceiro set para desempate (tie-break). Este será vencido pela equipe que marcar 15 pontos primeiro. 
Entretanto, também deve haver uma diferença de dois pontos, se não houver, o set continua até uma das equipes abrir tal vantagem.
Saque - O saque deve atingir o campo adversário. A bola é posta em jogo com um saque (ou serviço) — um golpe dado pelo sacador de trás da linha que delimita o fim de sua quadra.
Toque - A bola deve ser tocada no mínimo uma vez e no máximo 3 (intercalando os jogadores), e depois passada para o outro lado. 
O jogado pode usar o tronco, a cabeça ou qualquer parte da perna. 
Não é permitido dar 2 toques consecutivos na bola. 
O jogador pode invadir a quadra do adversário, se isso não o atrapalhar. É permitido que a bola encoste em qualquer parte do corpo do atleta durante o primeiro contato da equipe com a bola, como forma de defesa.

Habilidades

Assim como no vôlei de quadra, os jogadores precisam dominar várias habilidades: o saque, o passe, o levantamento, o ataque, o bloqueio e a defesa.
Sacar é o ato de colocar a bola em jogo, golpeando-a desde atrás do fim da quadra e fazendo-a passar por cima da rede. 
Esta habilidade é bastante similar nos dois estilos, com a exceção de que na praia o vento pode ter uma influência muito significativa na trajetória da bola.

O passe é o primeiro dos três toques que cada equipe pode fazer, e também é bastante similar ao vôlei de quadra. No entanto, os padrões são mais restritos na praia. 
Os jogadores não podem usar o passe para fazer um levantamento. 
Os jogadores raramente fazem o primeiro toque com as mãos abertas, exceto quando para defender-se de um ataque.

A defesa é uma habilidade bastante similar ao passe, mas com a fundamental diferença de que tem o intuito de impedir que um ataque dos oponentes atinja o solo.

O levantamento é o segundo toque, e tem a intenção de preparar a bola para ser atacada no terceiro toque. 
Existem duas maneiras, ambas muito usadas, de fazer um levantamento. 
Ele pode ser executado com as mãos abertas, mas a manchete, movimento no qual a bola bate nos antebraços do jogador, também é muito comum. 
Após terminar o levantamento, o jogador geralmente se concentra na defesa e avisa seu parceiro se há bloqueio e informa quais áreas da quadra adversária estão desprotegidas. 
O segundo toque também pode ser usado para atacar a bola.

O ataque pode ser feito de três formas: o jogador pode atingir bruscamente a bola, fazendo-a seguir uma trajetória descendente bem íngreme. 
Ele também pode atacar de maneira mais suave, fazendo a bola seguir uma trajetória em arco. 
Uma terceira opção (bem pouco comum no vôlei mas quase uma marca registrada no vôlei de praia) é quando o jogador dá um toque suave na bola, fazendo-a subir, passar por cima do bloqueador e cair lentamente na quadra adversária. 
Isto é comum porque há menos jogadores, portanto áreas maiores ficam desprotegidas.

O bloqueio é uma tentativa de impedir que um ataque adversário passe por cima da rede. 
Os jogadores pulam e estendem os braços, tentando fazer com que a bola os atinja e volte para a área do adversário, preferencialmente caindo no chão. 
Entretanto, o jogador que está atacando pode tentar jogar a bola de tal maneira que ela bata nos braços do bloqueador e vá para fora, o que configura ponto para a equipe do atacante. 
É uma jogada difícil, mas muitos jogadores conseguem.

Características das jogadas

A bola pode tocar qualquer parte do corpo dos atletas, mas deve ser atingida, nunca agarrada ou arremessada. 
Quando o jogador está se defendendo de uma bola atacada em alta velocidade, a bola pode ser retida entre os dedos, desde que seja de maneira momentânea, muito rápida.

Quando um jogador está recebendo uma bola que não foi atacada com força, ela deve ser manipulada de maneira “limpa” — se ele a receber com as mãos abertas, o toque das duas mãos na bola deve ser exatamente simultâneo. 
Na prática, isto significa que saques nunca são recebidos com as mãos abertas, e sim com manchete. 
Ao receber um ataque forte, um toque duplo (desde que os dois contatos ocorram numa única ação) e/ou uma leve condução da bola são permitidos.

Ao fazer um levantamento, a tolerância para com um contato duplo é maior do que no passe, embora ainda seja muito menor do que no vôlei de quadra. Já a restrição para com as conduções é bem mais flexível — é permitido manter a bola imóvel durante pequenos períodos de tempo.


Como montar a quadra

A quadra deve ser montada em areia fofa e fina, em local plano uniforme e livre de pedras conchas ou qualquer outro objeto que possa causar cortes ou ferimentos aos jogadores. 
O tamanho da quadra já foi de 18 por 9 m, mas atualmente é de 16 por 8 m. Sendo disputado por dois jogadores de cada lado, tem algumas regras diferentes do voleibol tradicional.



Equipamentos


Postes
 
- Devem ser feitos de maçaranduba, tipo de madeira resistente à umidade, e medir cerca de 4 m (1 m fica enterrado na areia para dar firmeza). Podem ser comprados em madeireiras ou lojas de esportes.

Rede - É feita de polietileno (tipo de náilon mais resistente), com 9,5 m de comprimento por 1 m de largura. 
Tem na parte superior uma fita amarela horizontal (de 5 cm a 10 cm). 
Em cima e embaixo há uma corda (8 mm) com sapatilhas, onde são amarradas outras cordas (de 5 m) que serão amarradas no poste. 
A rede é encontrada nas lojas de artigos esportivos, ou com os pescadores do local, caso seja em um camping selvagem.
Marcações - Uma corda de 54 m marca os limites da quadra. 
Feita do mesmo material da rede (náilon grosso), já vem preparada com 4 pinos de alumínio (de 30 cm cada, que devem ficar nos quatros cantos do retângulo). 
A medida entre os pinos corresponde aos lados da quadra (9 m e 18 m, intercaladamente). 
Deve ser de cores fortes, como o verde ou o azul, para contrastar com a areia da praia, e ter espessura máxima de 2 cm.
Bola - É feita de couro flexível, natural ou sintético, com uma câmara de borracha ou material similar no seu interior. 
Deve ter uma camada impermeabilizante, já que será usada na praia.
A bola de vôlei tem o peso de 260 a 280 gramas, porém a pressão interna é menor, deverá ser 0,30 a 0,325 kg/cm2 (294,3 – 318,82 mbar ou hPa);
Tem uma circunferência ente 65 cm e 67 cm;  As bolas a utilizar em um campeonato deverão ter todas as mesmas características de circunferência, peso, pressão, modelo, cor, etc..


Roupas - Basta uma sunga, short ou biquíni (no caso das mulheres) e uma camiseta (para se proteger do sol). 
Os jogadores ficam descalços. 
Entretanto, outros objetos são usados com muita frequência durante esses jogos, a fim de manter a integridade da saúde dos jogadores e seu bom desempenho, tais como óculos escuros e bonés. 
Em 1999, a FIVB padronizou os uniformes para o voleibol de praia. 

Os trajes de banho tornaram-se os uniformes requeridos tanto para homens quanto para mulheres.
De acordo com a FIVB, as mulheres jogadoras de vôlei de praia podem escolher entre jogar de shorts ou com um traje único. 
Entretanto, a maior parte das jogadoras preferem o biquíni.

As maiores diferenças entre o voleibol e o voleibol de praia são as seguintes:

Ambiente de jogo: areia;
Tamanho das equipes: dois jogadores. 
Não há substituições;
As regras para o levantamento são diferentes: toques duplos são julgados com mais rigidez, entretanto, a tolerância para com as conduções é maior;
O bloqueio conta como toque da equipe. 

Portanto, caso a bola toque no bloqueador, a equipe dele só poderá tocar na bola mais duas vezes. Todavia, o jogador que tocou a bola no bloqueio pode fazer o toque seguinte;
Não existem erros de posicionamento na praia, os jogadores podem trocar de posição à vontade;
Durante os dois primeiros sets, as equipes trocam de lados da quadra a cada sete pontos disputados.

Durante o set de desempate, elas fazem isso a cada cinco pontos disputados;
Cada equipe tem direito a apenas um pedido de tempo de trinta segundos;
A invasão por baixo da rede não é considerada falta, desde que não atrapalhe a jogada do rival.

GLOSSÁRIO

Obs.: Serve também para vôlei de quadra

Ace: ponto direto de saque em que o adversário não chega a tocar na bola.

Set Point: o ponto final de vitória em um set.
Match Point: o ponto final que pode definir o vencedor da partida.
Peixinho: técnica de defesa em que o jogador se atira em direção à bola como se estivesse mergulhando.
Pipe: um dos ataques mais inesperados do vôlei. O levantador joga a bola para o alto, o central ameaça o ataque e um dos atacantes que está no fundo de quadra faz o ataque partindo de trás da linha dos três metros.
China: é uma jogada de ataque quase exclusiva do vôlei feminino, em que a atacante (normalmente a central) finta a marcação adversária com o movimento de pernas, fingindo correr para o meio e seguindo para as costas de sua levantadora. A atleta salta com apenas uma das pernas para alcançar a bola, na saída da rede.
Tie-break: um terceiro set para desempate.
Manchete: movimento no qual a bola bate nos antebraços do jogador.
Rali: longa troca de bolas em que as defesas predominam e não deixam a bola cair no chão.



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